Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente afirma que concreto de carbono zero é urgente para frear mudanças climáticas

Alcançar o concreto de carbono zero por meio de soluções sustentáveis de impermeabilização é uma questão global que todas as empresas da indústria da construção precisam enfrentar

O PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) revelou durante a COP-27, realizada no Egito, que a indústria da construção continua sendo um desafio para frear as mudanças climáticas e atingir as metas de redução nas emissões de CO2. O órgão revelou que, além de não atingir a meta, a indústria da construção aumentou em 5% as emissões de carbono em 2021. Nesse contexto, foram feitas cinco indicações para o setor. A ênfase está no concreto de carbono zero, corroborando o alerta do Penetron Group no relatório técnico Rumo ao Concreto de Carbono Zero, lançado globalmente agora em 2022.

A indicação do PNUMA e o alerta do Penetron Group são justificadas se considerarmos os dados mundiais da construção. Atualmente, a indústria global do cimento é responsável por 8% da emissão de CO2, sendo a segunda maior emissora do mundo. Outro ponto a se destacar é o fato de que o concreto representa a maior parte do CO2 total incorporado em estruturas como edifícios, atingindo até 66%. Esse é o motivo pelo qual a indústria do cimento é um dos segmentos em foco nas discussões do Pacto Climático.

Aeroporto Changi de Singapura, construção verde (Divulgação)
Aeroporto Changi de Singapura, construção verde (Divulgação)

As cinco ações indicadas pelo PNUMA estão diretas ou indiretamente relacionadas à eficiência, durabilidade e proteção das estruturas de concreto para reduzir a pegada de carbono, área de forte atuação da Penetron Brasil. Confira abaixo:

  1. Edifícios com revestimentos eficientes: otimizar os revestimentos de edifícios para minimizar a necessidade de aquecimento e resfriamento ativos;
  2. Tecnologia de aquecimento e refrigeração de zero emissões: ar-condicionados altamente eficientes e bombas sem hidrofluorocarboneto podem ser alimentados por energias renováveis, no local ou fornecidos fora do local por meio de eletricidade;
  3. Todos os novos edifícios devem ser projetados e construídos de modo que sejam zero carbono em operação: é preciso exigir uma demanda mínima de energia que é atendida por meio de fontes zero carbono;
  4. Minimize as emissões incorporadas: as emissões de materiais de construção devem ser minimizadas, reduzindo a intensidade de emissões de aço e produção de cimento, substituindo materiais com alta pegada de carbono por materiais com baixo teor de carbono, incluindo materiais reciclados sempre que possível;
  5. Aumentar a taxa de retrofit: atualmente, de 2,5 a 3,5% dos edifícios precisam ser adaptados todos os anos para se tornarem sustentáveis, mas as taxas recentes estão abaixo de 1% ao ano.

Quando se trata da redução da pegada de carbono no concreto, é fundamental destacar que a impermeabilização e proteção das estruturas é o ponto central da discussão por dois motivos: 1) todas as patologias do concreto se manifestam a partir do momento que a estrutura tem com contato com a água, portanto, impermeabilização eficiente significa aumento da vida útil e menos necessidade de reparos e manutenções que gerem mais emissões de carbono; 2) os sistemas tradicionais de impermeabilização com base orgânica possuem alta pegada de carbono e os materiais são considerados nocivos ao meio ambiente.

Cláudio Neves Ourives - CEO da Penetron Brasil(Divulgação)
Cláudio Neves Ourives – CEO da Penetron Brasil (Divulgação)

O CEO da Penetron Brasil, Cláudio Ourives, explica que eliminar revestimentos e membranas de alta emissão de CO2 é uma das ações urgentes na indústria da construção. “Adotar soluções de impermeabilização mais eficientes para prolongar a vida útil das estruturas, prevenir reparos dispendiosos e utilizar produtos não tóxicos é caminho que devemos perseguir”. Vale lembrar que os produtos do sistema Penetron são de base mineral e baixa pegada de carbono.

Em comparação com os sistemas tradicionais de impermeabilização, o sistema Penetron tem uma pegada de carbono até 11 vezes menor que produtos de base orgânica”, explica Ourives. “Para alcançar o concreto de carbono zero, devemos pensar e investir na proteção da estrutura desde a concepção do projeto até às estratégias para realizar manutenções e reparos de forma otimizada. Sustentabilidade, energia renovável e redução da pegada de carbono devem ser pensados com seriedade na construção em nível global para garantirmos o futuro do planeta.”, afirma Ourives.

Esse é o motivo pelo qual o relatório técnico Rumo ao Concreto de Carbono Zero faz um apelo à indústria para reconsiderar os materiais utilizados na construção, substituindo produtos de base orgânica por soluções de base mineral, com alta tecnologia e eficiência para estruturas realmente estanques e com vida útil longa. Para mais informações e ter acesso ao relatório integral em português, clique aqui.

Para mais informações sobre Indústria 4.0, acesse: https://www.manufaturadigital.com/category/industria-40/

Luan Saldanha

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