Fundada em Eindhoven, a Shapeways vinha fornecendo serviços de impressão 3D de forma confiável desde 2008. Isto é, até o início deste ano, quando a empresa entrou com pedido de falência como resultado de lucros insuficientes nos anos após sua abertura de capital. Após a falência, não demorou muito para que ex-funcionários holandeses anunciassem que os serviços baseados na Holanda continuariam sob um novo nome, Manuevo, depois que uma pequena equipe adquiriu com sucesso os ativos da Shapeways BV, uma subsidiária da Shapeways Holding Inc., sediada nos EUA.
Agora, a companhia anunciou quem liderará a mais recente encarnação do serviço. A nova equipe de gestão é composta por alguns rostos familiares, incluindo dois dos fundadores originais da empresa: Marleen Vogelaar, CEO, e Robert Schouwenburg, CTO, que deixaram a empresa em 2014 e 2012, respectivamente. Também na equipe de gestão estão membros da equipe Shapeways BV sediada em Eindhoven, como Jules Witte, COO, que entrou em 2012; Job van de Laar, Plant Manager, que entrou na empresa em 2019; e Tiago São José, Head of Engineering, que entrou em 2012.
Apesar do pedido de falência em julho de 2024, a equipe da fábrica de Eindhoven sempre sustentou que suas operações eram lucrativas e sustentáveis e, portanto, queriam continuar atendendo aos clientes. Embora o plano original fosse mudar a marca para Manuevo, a nova equipe de gestão teria comprado todos os ativos disponíveis da Shapeways Inc. e da Shapeways BV, o que significa que agora é dona do nome, do site e da unidade de produção original de Eindhoven.
“Quando ajudei a lançar a Shapeways em 2008, ela estava na vanguarda da democratização do acesso à manufatura digital”, disse a CEO da Shapeways, Marleen Vogelaar. “A nova equipe de gestão acredita que há um ‘próximo capítulo’ a ser escrito na história da Shapeways, um que inclui aprender com o passado e construir uma empresa pragmática, financeiramente sustentável e operacionalmente estável que continua a fornecer um serviço excepcional aos nossos usuários.”
Esta nova empresa — que na verdade está mais próxima do serviço AM original — será sediada em sua casa na Holanda e oferecerá serviços de impressão 3D focados no cliente, abrangendo uma ampla gama de tecnologias, materiais e opções de pós-processamento.
Um ponto que é uma perda real para a comunidade Shapeways é que a nova empresa não consegue acessar e reiniciar seu mercado e lojas devido a “dados perdidos durante a falência e infraestrutura inutilizável”, embora a nova gerência diga que está procurando soluções para a comunidade. A empresa explica ainda mais: “O IP do usuário (por exemplo, dados do modelo) era de propriedade dos usuários, não da entidade extinta. A nova equipe de gestão comprou toda a propriedade intelectual disponível de propriedade da entidade extinta, mas não comprou ou obteve acesso ao IP de propriedade do usuário, pois o administrador não poderia vendê-lo a nenhum novo proprietário.”
“Nossa crença na Shapeways nos levou a continuar esta jornada”, concluiu o COO Jules Witte. “A aquisição da marca Shapeways representa um marco significativo nessa jornada, mas não sinaliza o fim. Na verdade, estamos animados com as oportunidades que estão por vir para a Shapeways, nossos clientes e seus clientes. Temos um longo caminho a percorrer, mas mantemos nossa capacidade principal de produzir peças de alta qualidade para atender às necessidades de nossa variada base de clientes”. Para saber mais sobre o ressurgimento da companhia acesse o site.
