Aperam BioEnergia lança óleo combustível 100% renovável para indústria

A Aperam BioEnergia desenvolveu um combustível renovável a partir de co-produtos gerados na produção do carvão vegetal em suas unidades no Vale do Jequitinhonha (MG). Trata-se de um óleo de origem vegetal, 100% renovável, resultante da condensação de vapores produzidos durante a transformação da madeira de suas florestas plantadas de eucalipto em carvão vegetal.

O bio-óleo tem grande potencial para substituir o uso de combustíveis fósseis em processos industriais, contribuindo para impulsionar a transição das indústrias para uma matriz energética renovável e de baixo carbono. O produto começou a ser desenvolvido na empresa em 2017 juntamente com a mineradora Nexa e uma equipe de técnicos que compõem a atual start up WXO Engenharia de Processos Customizados. Em 2018, passou a ser testado pela mineradora em sua planta de Três Marias (MG). Devido aos bons resultados, a Nexa está se preparando para o uso do combustível em escala industrial pensando em uma produção mais verde.

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Fonte:(https://ipesi.com.br)

“A produção de carvão gera um resíduo que é o alcatrão. Por uma série de pequenas inovações que implantamos nos nossos processos ao longo dos anos, a Aperam BioEnergia conseguiu viabilizar sua transformação em um produto biogênico de grande potencial, com geração zero de CO2 no processo produtivo. Costumo dizer que as grandes inovações são frutos de várias outras mudanças que vão acontecendo e ao final vialbilizam a ruptura, tipo o Uber, possível graças ao advento do celular, do GPS e da internet”, afirma o presidente da Aperam South America, Frederico Ayres Lima.

A grande vantagem do bio-óleo é a possibilidade de substituir um combustível de origem fóssil por um outro de baixo carbono. Na produção de carvão vegetal da Aperam BioEnergia, a partir de florestas plantadas, a emissão de carbono é totalmente neutralizada.

“Quando utilizamos esse carvão para produção de aço nos alto-fornos conseguimos balanço neutro entre as emissões da usina e as retiradas de carbono pelas nossas florestas. Com o alcatrão, o processo é o mesmo, por ser de origem vegetal, sua queima é equalizada pela retirada de carbono da floresta. Assim, o bio-óleo tem um efeito positivo no meio ambiente”, afirma Lima.

Wagner Lima, gerente Corporativo de Energia da Nexa, afirma que o desenvolvimento de estudos focados na aplicabilidade do bio-óleo no processo produtivo da Nexa e uma estrutura dedicada para testes industriais foram imprescindíveis para os bons resultados alcançados até o momento.

Segundo ele, a boa performance do biocombustível mostra viabilidade técnica e econômica para substituição total dos combustíveis derivados de petróleo atualmente utilizados no processo produtivo de óxido de zinco da unidade Nexa – Três Marias. “Estamos nos preparando para ampliar a utilização do combustível, realizando as adequações necessárias no processo, tendo em vista o sucesso dos testes industriais em menor escala e potencial ambiental econômico promovido com a utilização do biocombustível”, comenta o gerente de Energia da Nexa.

PROCESSO DA APERAM BIOENERGIA

Para a produção de carvão vegetal usado na fabricação do aço verde Aperam, a madeira de florestas plantadas da BioEnergia é submetida a um processo de carbonização  no interior dos fornos. Esse processo gera, além do carvão vegetal, líquidos e vapores condensáveis.

“Os gases que saem dos fornos possuem frações, algumas delas condensam em um líquido que é o alcatrão. A partir deste, é possível extrair o bio-óleo que tem uma composição característica de diferentes hidrocarbonetos, com viscosidade e densidade mais elevadas e um poder calorífico interessante”, afirma Benone Braga, gerente executivo da Aperam BioEnergia.

Ao observar esse desempenho, a equipe constatou um potencial de mercado para o bio-óleo. “O bio-óleo é um combustível diferente do diesel, mas que permite, a curto prazo, processos industriais mais sustentáveis”, diz Braga.

A Aperam BioEnergia espera fechar uma produção de mil tonela20das de bio-óleo em 2022, número que deve crescer para 10 mil toneladas/ano até 2025. “Temos a intenção de expandir cada vez mais o projeto. No longo prazo, o potencial produtivo é de 100 mil toneladas/ano”, afirma Braga. Para saber mais acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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