Chinesa BYD pode comprar a fábrica da Ford na Bahia

Desde que a Ford decidiu fechar suas fábricas no Brasil, no início de 2021, o governo da Bahia tem trabalhado no sentido de encontrar um parceiro interessado em adquirir as instalações da empresa norte-americana em Camaçari, município muito impactado com o encerramento das operações.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, 12 mil empregos foram perdidos com o fechamento do complexo industrial da montadora, entre funcionários diretos e de seus fornecedores.

A perda na arrecadação municipal é de R$ 50 milhões por ano. Já o Estado deixa de receber R$ 280 milhões em tributos a cada ano.

Mas agora o governo parece ter encontrado um comprador.

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A venda das instalações da tradicional montadora podem ajudar na recuperação da arrecadação perdida.

Segundo se comenta, o governador Rui Costa estaria com negociações avançadas para atrair a chinesa BYD, que atua em várias áreas e é o maior fabricante de carros elétricos da China e um dos maiores do mundo, para o espaço deixado pela Ford.

A BYD não é uma desconhecida na Bahia.

A companhia é responsável, como participante do consórcio SkyRail Bahia, pela construção e se encarregará da operação do chamado VLT do Subúrbio, o monotrilho de 24 km que ligará a região do Comércio, em Salvador, até a ilha de São João, no município de Simões Filho. Um contrato avaliado em R$ 1,5 bilhão.

A empresa havia inicialmente manifestado interesse em comprar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP), mas o negócio não prosperou.

A BYD então começou a negociar com o governo da Bahia a hipótese de instalar uma fábrica em parte do complexo industrial da Ford em Camaçari, onde poderão ser produzidos o Tan EV, o primeiro SUV elétrico do Brasil, e o Han Ev, um sedan 100% elétrico. Ambos, hoje importados, estão situados na faixa dos R$ 500 mil.

A BYD já tem uma fábrica de montagem de ônibus 100% elétricos e outra de módulos fotovoltaicos em Campinas (SP). E iniciou em 2020 a operação de sua terceira fábrica no Brasil, no Polo Industrial de Manaus (PIM), dedicada à produção de baterias de fosfato de ferro-lítio.

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Além de gerar novos empregos, a entrada da empresa no estado pode representar um avanço na eletrificação do setor automotivo.

Mais recentemente, começou a importar carros elétricos para o Brasil, sendo já a 5ª maior vendedora nesta modalidade no Brasil. A intenção da empresa é de, até 2023, comercializar seis modelos importados no país, e emplacar cerca de 1 mil unidades por mês. Não se sabe ao certo se a operação, realmente, ocorrerá. Contudo, significa uma nova possibilidade de arrecadação para o estado, assim como os trabalhadores que poderão recuperar seus empregos. Como bônus, ainda se tem o avanço da produção de veículos elétricos no país. Todos esses fatores fazem com que a compra seja um excelente negócio que esperamos que dê certo, se você deseja saber mais sobre acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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