Governo brasileiro cria grupo de trabalho para ampliar a oferta de gás metano e biometano para a indústria brasileira

O Governo Federal anunciou no dia 17 de abril, a criação de um grupo de trabalho para discutir medidas que apoiem a oferta de gás metano e biometano para a indústria brasileira. O anúncio foi feito durante o seminário “Gás para Reindustrialização do Brasil” promovido Federação das Indústrias do Estado de São Paulo pela (Fiesp) em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Farão parte do grupo de trabalho o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços, Ministério de Minas e Energia, Ministério da Casa Civil e Ministério da Fazenda, além da Petrobrás.

O evento contou com a participação presencial do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e com o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates. O Ciesp que representa 8 mil indústrias do estado de São Paulo, foi representado no seminário por seu presidente, Rafael Cervone. Recentemente, Cervone participou do anúncio oficial de um acordo entre os setores de cerâmica e o sucroenergético para o fornecimento de gás natural biometano a partir do bagaço da cana-de-açúcar. O evento aconteceu no município de Santa Gertrudes no interior de São Paulo.

O tema do gás foi permeado durante o evento por discursos voltados à reindustrialização do país. Alckmin lembrou de dados fornecidos pelo Ciesp e a Fiesp apontando que a indústria brasileira, que já chegou a representar 30% do PIB (Produto Interno Bruto), hoje não passa de 11%. Durante o evento, o vice-presidente voltou a afirmar que o governo fará a reforma tributária e disse acreditar que a ancoragem fiscal irá resultar na redução da taxa de juros. Ele também lembrou que recentemente, o Governo eliminou a taxa do Certificado de Origem para a exportação de frango e que isso irá se estender a todas as cadeias produtivas.

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O objetivo é tornar o gás propulsor da reindustrialização .

Sobre o grupo de trabalho para discutir as políticas de apoio à produção de gás, o vice-presidente, quer incluir também outros pequenos produtores além da Petrobrás. “Eu acho que esse grupo de trabalho vai trazer bons frutos para a gente poder reduzir o preço do insumo e podermos ter mais competitividade, gerar mais investimentos e empregos”, disse Alckmin.

Já o presidente da Petrobrás afirmou que a empresa está aberta para participar do projeto de reindustrialização do Brasil e chamou gás natural de “coluna vertebral fundamental.” De acordo com ele, a Petrobrás irá trabalhar pela transição energética com os marcos legais que estão aguardando por votação, como o da energia eólica offshore. “Nossa ideia é que tenhamos, lado a lado ao gás natural, o hidrogênio também, companheiro dessa matriz de transformação e de transição”, disse Prates.

Josué Gomes, que é presidente da Fiesp e 1º vice-presidente do Ciesp, lembrou que na primeira vez em que esteve na China, cerca de 20 anos atrás, a energia custava US$ 90 megawatts/hora no país asiático, enquanto no Brasil, a energia não chegava a US$ 30 megawatts/hora. “Infelizmente, nas últimas décadas esse cenário praticamente se inverteu. O gás como energia de transição pode e deve desempenhar um papel fundamental para a reindustrialização nacional. Infraestrutura competitiva começa com energia competitiva”, disse Gomes.

Ele ainda citou a indústria cerâmica paulista, que hoje representa 70% da produção nacional deste setor, poderia estar exportando muito mais, não fosse a limitação de energia. Hoje 30% da energia usada neste setor é proveniente do gás natural, enquanto a energia elétrica é 45%. Para ele ainda, a ampliação do fornecimento de gás será um divisor de águas para indústrias como a química, a de vidro, de fertilizantes e até a de panificação, que já utilizam o gás natural. Para saber mais acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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