Indústria de máquinas e equipamentos retoma crescimento em maio

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos voltou a crescer no mês de maio, depois de sofrer queda de 11,4% em abril relação a março e recuo de 11,6% em comparação a abril de 2021. A receita líquida total obtida pelo setor em maio somou R$ 28.084,72 milhões, com crescimento de 18,6% em relação a abril e 3,6% na comparação com maio de 2021, de acordo com dados divulgados pela Abimaq, no dia 29 de junho em coletiva de imprensa virtual. No acumulado até maio, o faturamento total de R$ 122.049,00 milhões é 4,1% menor que o obtido no mesmo período de 2021 – em abril de 2022, a queda na mesma comparação era de 6,1%.

O crescimento do mês de maio já havia sido antecipado pela Abimaq dado o bom movimento das feiras de negócios Agrishow, realizada no final de abril, Feimec no início de maio.

Com o resultado de maio, a Abimaq revisou para cima a projeção de desempenho no mercado doméstico que passou de crescimento de 3% para 5,8%, segundo relatório da Abimaq distribuído à imprensa. A projeção para as exportações, por enquanto, não foram revisadas e estão mantidas em aumento de 15%, apesar da desaceleração do mercado global.

A receita obtida no mercado doméstico em maio de 2022 totalizou R$ 22.697,87 milhões, 17,4% acima do mês anterior e 3,2% maior que em maio de 2021. No acumulado até maio, o faturamento de R$ 98.184,67 milhões é 5,2% menor que no mesmo período do ano anterior.

O consumo aparente do mês de maio, no valor de R$ 33.711,10 milhões é 17,3% maior que no mês anterior e 3,2% menor que no mesmo mês de 2021. No acumulado de janeiro a maio, o consumo aparente somou R$ 153.890,13 milhões, com queda de 7,4% em comparação ao mesmo período de 2021.

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As exportações foram um fator chave para o resultado.

VENDAS EXTERNAS – As exportações setoriais de maio no valor de US$ 1.087,14 milhões são 21% superiores à do mês anterior e 33,4% maiores que a de maio de 2021. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 4.588,51 milhões e são 31,7% maiores que a do mesmo período de 2021.

As indústrias de base alavancam o resultado

“No mês de maio de 2022, somente um segmento registrou queda nas suas exportações, em relação ao valor observado em abril de 2022, “Máquinas para bens de consumo” (-7,3%). Todos os demais registraram crescimento. Os principais avanços ocorreram nos setores de máquinas para a infraestrutura e indústria de base (41,3%) e máquinas para petróleo e energia renovável (15,7%). No ano o crescimento foi novamente generalizado. As maiores taxas de crescimento foram observadas no setor de máquinas para petróleo e energia renovável e no setor de máquinas agrícolas”, diz o relatório da Abimaq.

No acumulado do ano, houve aumento das exportações para a maioria dos países, com destaque para os países da América Latina, cuja variação chegou a 38% em comparação ao período do ano anterior. Houve aumento ainda nas exportações para os Estados Unidos (+26,2%) e para os países europeus (25,8%).

“Os dados indicam que os países com maior proximidade regional intensificaram o relacionamento comercial neste inicio de ano. Em 2022 (janeiro a maio) a participação média histórica de países da América Latina no total das exportações, ao redor de 35%, saltou para 44%”, observa o relatório.

IMPORTAÇÕES – As importações em maio foram de US$ 2.063,16 milhões, refletindo crescimento 15,1% em relação a abril e 7,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. É interessante notar que na passagem de março para abril, as importações haviam recuado 16%.  No acumulado do ano, as importações somaram US$ 9.794,21, com crescimento de 13,4% em comparação ao mesmo período de 2021.

“A média de importações de máquinas e equipamentos superou a marca dos US$ 2 bilhões em maio, acima dos US$ 1,9 bilhão de 2021. Estes números são mais um indicativo de recuperação dos investimentos em máquinas no mercado doméstico em 2022”, analisa a Abimaq.

NUCI – No mês de maio, o nível de ocupação da capacidade instalada (Nuci) voltou a apresentar crescimento. O número ficou 0,6% acima do registrado em abril (76,8%), atingindo ocupação de 77,4% das instalações. Porém, o nível médio observado foi de 78,1%, 1,2% abaixo do nível do mesmo período de 2021 (janeiro a maio).

A carteira de pedido, medida em número de semanas para atendimento, apresentou leve queda em relação ao mês abril de 2022 (-1,9%), e também  na comparação com maio 2021 (-6%). No ano, a carteira de pedidos encolheu 1,1%, mas se manteve ao nível de quase 12 semanas, ou 3 meses, de atividades, mesma carteira de 2021.

O mês de maio apresentou estabilidade na geração de emprego, com leve que de -0,2%, depois apresentar crescimento de 1% no mês de abril. O patamar observado em maio é o segundo maior na história recente do setor de máquinas e equipamentos, com mais de 392 mil pessoas empregadas.  Apesar da melhora o setor ainda oscila e é importante manter-se atento e realista as perspectivas, para saber mais sobre os resultados do setor acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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