PETROBRAS E EQUINOR AVALIAM 7 PROJETOS DE ENERGIA EÓLICA OFFSHORE

Com 7.491 quilômetros de extensão e bons ventos, a costa brasileira tem enorme potencial para a produção de energia eólica offshore. Estudo da EPE – Empresa de Pesquisa Energética, de 2020, estimou esse potencial em 697 GW, ou seja, praticamente 4 vezes o total de potência instalada no país em 2021 (182 GW).

Nesse sentido, a Petrobras acaba de dar mais um passo significativo para o País avançar na produção de energia eólica offshore. A empresa acaba de assinar carta de intenções com a norueguesa Equinor para avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore na costa brasileira, com potencial para gerar até 14,5 GW.

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Fonte:(https://www.usinagem-brasil.com.br)

O acordo é fruto da parceria firmada entre Petrobras e Equinor em 2018 – e teve seu escopo ampliado para além dos dois parques eólicos Aracatu I e II (localizados na fronteira litorânea entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo), previstos inicialmente.  Além desses dois projetos, o novo acordo prevê avaliação da viabilidade de parques eólicos de Mangara (na costa do Piauí); Ibitucatu (costa do Ceará); Colibri (fronteira litorânea entre o Rio Grande do Norte e Ceará), além de Atobá e Ibituassu (ambos na costa do Rio Grande do Sul) – num total de sete projetos, com prazo de vigência até 2028.

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“Vamos juntar nossa capacidade de inovação tecnológica offshore, reconhecida mundialmente, e a nossa experiência no mercado de geração de energia elétrica brasileiro com a expertise da Equinor em projetos de eólica offshore em vários países”, disse presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. “Vale destacar, porém, que a fase é de estudos e a alocação de investimentos depende de análises aprofundadas para avaliar sua viabilidade, além de avanços regulatórios que permitirão os processos de autorização para as atividades, a ser feita pela União”.

Todos os projetos serão localizados numa faixa de 20 a 40 km de distância da costa brasileira, em profundidades de 25 a 35 m.

“A Equinor e a Petrobras têm uma longa história de parceria de sucesso. Estamos felizes em expandir nossa colaboração para renováveis, possibilitando uma ampla oferta de energia no Brasil. Juntos, estamos engajados ativamente para contribuir com a realização da energia eólica offshore e da transição energética do Brasil, criando as condições iniciais necessárias para que a energia renovável se desenvolva de maneira sustentável”, afirma Anders Opedal, CEO da Equinor.

O potencial brasileiro para geração de energia eólica offshore traz oportunidades promissoras de diversificação da matriz energética do país. A tecnologia associada à geração eólica offshore utiliza a força dos ventos no mar para a produção de energia renovável – e as principais vantagens são a elevada velocidade e estabilidade dos ventos em alto-mar, livres de interferência de barreiras como rugosidade do solo, florestas, montanhas e construções, por exemplo.

Projetos em estudo já somam 169,43 GW

De acordo com o Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore), no final do ano passado, o volume de pedidos de licenciamento ambiental para eólicas offshore já somava 169,43 GW de capacidade.

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Fonte:(https://www.usinagem-brasil.com.br)

“A expectativa é de que, num horizonte de cinco anos, o segmento de eólicas offshore esteja aquecido e demandando grandes oportunidades para a indústria naval nacional”, disse Sérgio Bacci, vice-presidente executivo do Sinaval. “Esperamos demandas não só de barcos de apoio para a instalação das torres eólicas, mas, também, que as torres possam ser construídas nos estaleiros brasileiros, gerando emprego e renda”. Para saber mais sobre os projetos acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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