Um projeto para integrar módulos de recifes artificiais impressos em 3D em vários portos dinamarqueses, com o objetivo de promover a biodiversidade, já está apresentando resultados positivos. Em apenas cinco meses, as instalações impressas em 3D atraíram uma variedade de espécies marinhas, incluindo algas, mexilhões e peixes menores, enquanto em alguns portos outras espécies, como enguias e bacalhaus, também retornaram.
O projeto em questão foi iniciado pela organização dinamarquesa StoneReefs, parte do Grupo 3DCP, em cooperação com a empresa de impressão 3D para construção COBOD, sediada em Copenhague. A tecnologia da COBOD foi utilizada neste caso para criar uma série de recifes artificiais em grande escala. Especificamente, a impressora 3D BOD2 da COBOD foi usada juntamente com um material feito de uma mistura de cimento com redução de CO₂, agregados locais e conchas de mexilhões trituradas (um ingrediente essencial para atrair a vida marinha). Este material foi desenvolvido em cooperação com parceiros como a Holcim, por meio da estratégia de materiais de código aberto da COBOD.
As estruturas de recifes artificiais foram projetadas com alguns aspectos em mente: primeiro, precisavam ter uma textura típica da vida recifal para fornecer abrigo às espécies e sustentar a colonização; segundo, precisavam se integrar perfeitamente às paredes de estacas-pranchas do cais sem impactar as operações portuárias. A ideia geral, que também está se consolidando em outros portos ao redor do mundo, como o porto de Sydney, na Austrália, é que a instalação de uma estrutura mais orgânica, com cavidades e sulcos semelhantes aos de recifes, sobre as paredes tipicamente planas dos portos pode estimular a biodiversidade.
“A impressão 3D nos permite melhorar a biodiversidade sem perturbar as atividades portuárias”, comentou Mikkel Brich, cofundador e CEO do 3DCP Group e da Stonereefs. “Criamos módulos que se adaptam à geometria da parede para não interferir nas operações diárias, mas fornecem as texturas que a vida marinha precisa. Percebemos que, quando você dá à natureza um ponto de apoio, a vida retorna em poucos meses.”
A ideia provou ser um sucesso, com os painéis de recifes artificiais impressos em 3D apresentando resultados promissores em diversos portos dinamarqueses, incluindo Copenhague, Aarhus, Korsør, Helsingør, Sprogø e Fredericia. No porto deste último, a StoneReefs e seus parceiros relataram os melhores resultados, com o retorno do bacalhau e da enguia em apenas alguns meses. Após o sucesso dessas instalações iniciais, mais estruturas de recifes impressas em 3D serão instaladas em todo o país escandinavo. Para saber mais sobre os recifes, acesse o site.
Para continuar por dentro das principais notícias do mundo da impressão 3D, acesse o nosso site.
