Produção de veículos no Brasil recua 4,4% em outubro

O mercado interno de automóveis cresceu 10,2% em julho, as exportações 14% e os estoques ficaram estáveis, mas a produção não acompanhou esse movimento, com uma retração de 4,4%, de acordo com o com balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para a entidade, o que explica esse fenômeno é um expressivo aumento nas importações. Nos 10 primeiros meses do ano, 271,3 mil modelos estrangeiros entraram no país, 57,6 mil a mais que no mesmo período de 2022, um incremento de 27%.

A produção em outubro foi de 199,8 mil autoveículos, 4,4% a menos que em setembro. No acumulado do ano, a indústria totaliza 1.951 mil unidades, 11 mil a menos que em 2022, queda de 0,6%. As maiores retrações são nos segmentos de caminhões (-37,8%) e ônibus (-35,2%), por conta da elevação dos custos provocada pelas novas tecnologias obrigatórias de controle de emissões, além de uma forte antecipação de compras ocorria no final do ano passado.

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O aumento das importações ajudou a esfriar a produção nacional.

Apesar da queda na produção dos pesados, há boas notícias em vendas. Os emplacamentos acumulados de ônibus chegaram a 17,4 mil, mesmo volume do ano passado inteiro. Caminhões cresceram 7,7% em outubro, mas ainda estão 14,9% abaixo no acumulado do ano, na comparação com 2022.

As vendas totais de autoveículos em outubro foram de 217,8 mil unidades, 10,2% a mais que em setembro, e uma alta acumulada de 9,7%. Foi o segundo melhor mês do ano em emplacamentos e em média diária de vendas, atrás apenas de julho, mês dos descontos incentivados pelo governo federal. A média diária de 10,4 mil unidades já se aproxima do patamar de antes da pandemia, que girava em torno de 11 mil veículos/dia. O segmento de automóveis foi o que mais cresceu (12%), impulsionado pela demanda 29% maior das locadoras.

Após um setembro que foi o pior mês do ano, as exportações voltaram a crescer, mas num nível ainda abaixo da média do primeiro semestre e dos anos anteriores. Os embarques de 31,3 mil unidades em outubro representaram alta de 15,4%. Mas no acumulado do ano, este indicador está 12,8% abaixo dos primeiros 10 meses do ano anterior, com 354,2 mil unidades embarcadas.

PRODUÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Com o preço reduzido das principais commodities, os eventos climáticos adversos, a demora nos financiamentos e os altos volumes de vendas nos últimos dois anos, a Anfavea revisou as vendas de máquinas agrícolas para uma queda de 10% no ano, pior do que a retração de 3,5% projetada no início de 2023. Já a previsão de redução nas exportações foi mantida no patamar de 13,1%.

No caso das máquinas rodoviárias, a longa expectativa com a divulgação e operacionalização do PAC, somada à baixa demanda de propriedades agrícolas, levou as projeções de uma queda de 4,7% para 24% no ano. Também nesse caso foi mantida a projeção inicial das exportações, com uma esperada alta de 11,3% sobre os volumes obtidos em 2022. Para saber mais sobre o desempenho da produção de veículos acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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