Programa de PotencialiZEE, hoje restrito a São Paulo, será ampliado para outros estados

O programa de PotencialiZEE, que apoia as pequenas e médias indústrias na implementação de medidas de eficiência energética  (por enquanto atende somente no estado de São Paulo), será ampliado a partir de 2024.

A proposta de ampliação consiste na inclusão de estados adicionais, selecionados com o apoio das Federações Industriais de cada estado e, para isso, receberá recursos do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), gerenciados pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Da ampliação do programa para outras regiões brasileiras, participarão também o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já estabeleceu um Fundo Garantidor específico para projetos de eficiência energética (FGEnergia), bem como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), ampliando o apoio para micro e pequenos negócios.

“O MME teve a iniciativa de elaborar a proposta inicial do PotencializEE e tem sido um protagonista ativo na governança do Programa, apoiando efetivamente, junto com outros entes parceiros, o plano de ampliação do programa para o âmbito nacional, contemplando micro, pequenas e médias empresas nos mais diversos setores industriais”, segundo o secretário executivo adjunto do MME, Fernando Colli.

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O setor industrial ainda é o maior consumidor de energia do país.

De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a indústria consome 32,3% da energia final do país e 37,3% do consumo de energia elétrica. Portanto, é considerado um setor com elevado potencial de eficiência energética, especialmente no que se refere à queima de combustíveis e equipamentos de alto desempenho energético.

“Com estas ações conjuntas e o apoio do governo federal, o programa contribuirá significativamente com a reindustrialização verde e com as metas de descarbonização do país”, afirmou o Colli, acrescentando que, para se alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, é fundamental que as políticas e decisões setoriais considerem três aspectos importantes: segurança e equidade energéticas, além de sustentabilidade. “É necessário encontrar um equilíbrio entre esses fatores para garantir um futuro mais justo e sustentável para todos. Nesse contexto, a eficiência energética surge como uma das soluções mais eficazes para se resolver essa complexa equação”, ressaltou.

O PotencializEE é um programa de cooperação Brasil-Alemanha que promove eficiência energética em pequenas e médias empresas industriais atualmente no estado de São Paulo e tem como parceiro político o  Ministério de Minas e Energia (MME), tendo a participação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), em parceria com a GIZ Brasil, o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a Desenvolve SP (Banco do Estado de São Paulo) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Também são parceiras a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).

Para impulsionar a descarbonização e o crescimento industrial por meio da eficiência energética, visando a gerar uma economia de pelo menos R$ 10 bilhões e a redução de cerca de 4,5 MtCO₂ e (milhão de toneladas de CO₂ equivalentes) até 2050, o programa PotencializEE, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

As proposições foram desenvolvidas com base em dois estudos que contaram com a participação de empresas de serviços energéticos (ESCOs), fornecedores de tecnologia, representantes industriais e distribuidoras de energia. São elas:

  1. a) Propostas de aperfeiçoamento do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética em pequenas e médias indústrias nos diversos segmentos;
  2. b) Promoção da eficiência energética industrial em energia térmica, por meio de incentivos e melhores condições para o uso de tecnologias de cogeração, recuperação de calor desperdiçado, treinamentos, gestão energética e inovação.

Para saber mais sobre o programa acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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