Uma equipe da Universitat Politècnica de Catalunya – BarcelonaTech (UPC) e do Instituto de Pesquisa Química da Catalunha desenvolveu resinas poliméricas derivadas de materiais vegetais com o objetivo de reduzir a dependência da impressão 3D de resinas à base de combustíveis fósseis. Os resultados da pesquisa foram publicados na RSC Applied Polymers.
Pesquisadores da UPC e do Instituto de Pesquisas Químicas da Catalunha (ICIQ) desenvolveram novas resinas poliméricas 3D a partir de monômeros obtidos de diversas fontes naturais, incluindo ácido succínico – um composto encontrado em alimentos como milho e brócolis. Na impressão 3D à base de luz, as resinas devem ser líquidas, isentas de solventes e apresentar cinética de polimerização rápida para serem industrialmente viáveis.
A pesquisa, liderada pela UPC, foi realizada em duas etapas. Na primeira, a resina polimérica foi formulada utilizando materiais de origem vegetal, em um processo liderado por Elaine Armelin, pesquisadora do grupo Inovação em Engenharia de Materiais e Molecular – Biomateriais para Terapias Regenerativas (IMEM-BRT) e professora da Escola de Engenharia de Barcelona Leste (EEBE). Na segunda, a área de Transferência de Conhecimento e Tecnologia (ICIQ-KTT) e Projetos Industriais do ICIQ imprimiu a resina, sob a supervisão do pesquisador Fernando Bravo.
A pesquisa nesta área é essencial para promover tecnologias de impressão 3D mais sustentáveis. As resinas poliméricas desenvolvidas pela equipe da UPC e do ICIQ são derivadas de fontes naturais – ácido succínico, ácido málico e ácido tartárico – que requerem apenas uma única etapa de síntese para serem convertidas em resinas funcionais. Estas podem então ser utilizadas em impressoras de processamento digital de luz (DLP) ou de estereolitografia (SLA).
Este trabalho faz parte do projeto Base-3D, liderado pelo CIM UPC. O projeto visa promover o avanço das tecnologias de manufatura aditiva, impulsionando a maturidade tecnológica e promovendo seu uso na indústria catalã, em salas de cirurgia, empresas e salas de aula.
Este é o segundo tipo de resina polimérica desenvolvido pelo ICIQ e pela UPC dentro do projeto Base-3D, por meio do cluster Light3D (projeto BASE3D: 001-P-001646), liderado pelo Centro Tecnológico LEITAT. O primeiro foi um polímero biodegradável que demonstrou excelente desempenho na impressão DLP.
Atualmente, o grupo IMEM-BRT também pesquisa biopolímeros macios – como alginato, quitosana e gelatina – como materiais superabsorventes sustentáveis para aplicações em solos, baterias e polieletrólitos para células de dessalinização. Para saber mais sobre as pesquisas acesse o site.
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