Setor de segurança eletrônica apresenta forte expansão no Brasil

O setor de segurança eletrônica faturou aproximadamente R$ 11 bilhões em 2022. O Panorama do Mercado, apresentado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), mostra que o setor manteve o ritmo de crescimento, superou a expansão de 14% registrada em 2021 e alcançou as projeções apresentadas pela última pesquisa que indicavam crescimento de 18% para 2022. Os números refletem a renovação de produtos já implantados em projetos antigos e de atualização tecnológica devido à implementação de tecnologias novas como a IA (Inteligência Artificial) e as novas tecnologias de telecomunicação como o 5G, além da adesão de novas portarias remotas por condomínios em todo Brasil.

segurança eletronica
A tendência é que esses novos sistemas cada vez sejam mais comuns.

“É notável que nos últimos anos houve uma popularização dos sistemas eletrônicos de segurança, muito impactada pelo avanço tecnológico que tornou a instalação mais fácil e os resultados mais efetivos e rápidos. Há uma demanda crescente por soluções que possam atuar de maneira proativa para evitar alguns eventos, como as baseadas em Inteligência Artificial, por exemplo. Vislumbramos uma demanda reprimida que exigirá ainda mais contratações para o setor”, afirma Selma Migliori, presidente da Abese.

CONTRATAÇÕES

O levantamento mostra que o setor de segurança eletrônica é composto por mais de 33,5 mil empresas que juntas são responsáveis pela promoção de cerca de 1 milhão de empregos diretos e mais de 3 milhões de empregos indiretos. Para 2023, o levantamento realizado pela Abese aponta um resultado animador: 90% da indústria pretende contratar funcionários no regime CLT para atuar na área técnica. Outras áreas com oportunidades de vagas são comercial (72%) e administrativa (54,5%).  “A oferta de vagas é tamanha que nós estamos ampliando nosso programa de qualificação profissional através da Academia Abese e de parcerias para atrair e preparar profissionais interessados”, aponta Selma Migliori.

Em outros segmentos do mercado, como na categoria referente à Prestação de Serviços a estimativa de contratação para a área técnica é ainda maior, todas as empresas ouvidas pela pesquisa pretendem contratar profissionais com viés técnico ainda este ano. No geral, todos os setores da segurança eletrônica apontam para crescimento nas contratações até o final de 2023.

SETOR DA INDÚSTRIA

O estudo realizado pela Abese abarcou diferentes segmentos da Segurança Eletrônica: indústria, distribuidores, desenvolvedores de SW, prestação de serviços de instalação, manutenção, videomonitoramento 24hs e prestação de serviços de portaria remota. Dentre as categorias, a que apresentou maior taxa de crescimento médio foi a indústria, com 22%, superando o resultado geral do mercado.

Todos os segmentos ouvidos pelo Panorama de Mercado da Abese 2022 apresentam crescimento, contudo, outro setor também se manteve acima da média geral, os desenvolvedores de softwares. “Os desenvolvedores são essenciais para diversas verticais da segurança eletrônica, como soluções de videomonitoramento, controle de acesso, gestão de serviços operacionais, rastreamento, telemetria, entre outras, para possibilitar o funcionamento, a integração e a adesão às novas tecnologias. Os resultados do segmento são especialmente positivos, mas, sobretudo sustentáveis, o que é ainda mais animador. Sozinho, o setor da indústria faturou R$ 33 milhões em 2022 e aponta para uma perspectiva de crescimento de 25% em 2023”, explica Selma Migliori.

Para os anos seguintes, a presidente da Abese, pondera que os empresários da segurança eletrônica podem atuar de maneira muito mais abrangente em projetos, sobretudo, aqueles que fazem parte do ecossistema de cidades inteligentes. “Apesar do impacto crescente na economia brasileira, a segurança eletrônica ainda carece da aprovação do Estatuto da Segurança Privada, em trâmite no senado federal, que representará relevante marco legal para a reorganização formal das empresas do segmento para poderem participar de consultas públicas e editais, por exemplo”, finaliza. Para saber mais sobre o setor acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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