Várias lideranças empresariais do Brasil e do Japão se reuniram esta semana, em Tóquio, para discutir oportunidades de cooperação e dinamizar a parceria bilateral, revertendo a retração do fluxo comercial entre os dois países.
A parceria entre os setores Brasil-Japão
A agenda faz parte da 25ª Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão, encontro realizado anualmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação Empresarial do Japão (Keidanren).
A comitiva brasileira foi liderada pelo presidente da CNI, Robson de Andrade, e pelo presidente do Conselho Empresarial Brasil-Japão e CEO da Vale, Eduardo de Salles Bartolomeo.
Os empresários debateram oportunidades de comércio e metas para o enfrentamento das mudanças climáticas, além de formas de garantir a segurança alimentar e energética.
O Brasil desponta como parte da solução dessas questões, visto que é o terceiro maior produtor de alimentos e sua matriz elétrica é composta majoritariamente por fontes renováveis (84,8%).
Também foi debatida a expectativa de que os governos dos dois países avancem na conclusão do Acordo de Parceria Econômica Japão-Mercosul.
O Japão é o 18º principal parceiro comercial brasileiro, com participação de 1,6% na corrente de comércio do Brasil em 2021. Foram US$ 5,5 bilhões de exportações e US$ 5,1 bilhões de importações em 2021.
Embora tenha apresentado resultados positivos em 2021, o comércio Brasil-Japão teve seu ápice apenas em 2011 e, desde então, registrou reduções consecutivas ou oscilações nos anos seguintes.
Entre 2019 e 2020, as exportações brasileiras para o Japão diminuíram 24%, acima do total das exportações brasileiras para o mundo, que foi de -6%.
Também se observa uma tendência de diminuição das importações de bens japoneses, de 3% entre 2001 e 2021 (de 5,4% para 2,3% do total importado).
A similaridade da oferta e da demanda entre os dois países indica, porém, oportunidades de comércio. Há 142 produtos que o Brasil pode exportar atendendo demandas do Japão, com destaque para os setores químico, de alimentos e metalurgia, e 491 produtos que o país asiático pode exportar para o Brasil, principalmente do setor químico e de máquinas e equipamentos. Para saber mais acesse o site.
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