Setor eólico prevê investimentos de R$ 30 bi em 2022

Bons ventos continuam soprando no país, impulsionando o setor eólico que, em 2021, atingiu a marca de 20 GW de capacidade instalada. A busca por novas fontes alternativas de energia para ampliar e diversificar a matriz energética é uma tendência mundial que já não é de hoje, contudo agora o Brasil começa a dar um salto nesse quesito. O país que possui um grande potencial para a geração de energias limpas ainda utiliza muito pouco da sua capacidade, dependendo em sua maioria do setor hidrelétrico e termoelétrico.

Tal dependência é responsável não só por um maior impacto ambiental mas, também, por outras situações complicadas que o país enfrenta em períodos de chuvas escassas a boa notícia é que com o impulsionamento do setor eólico essa situação pode mudar.

O avanço do setor eólico no país

Desde 2018, a eólica é a segunda fonte de geração de energia elétrica no Brasil e, em dias de recorde, já chega a atender cerca de 20% das necessidades do País. Em média, responde por 13,5% do abastecimento nacional.

Para 2022, a expectativa é que os investimentos do setor alcancem R$ 30 bilhões, de acordo com estimativas da Abeeólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, entidade que reúne cerca de cem empresas desse setor industrial, incluindo fábricas de aerogeradores, de pás eólicas, operadoras de parques eólicos, investidores e diversos fornecedores da cadeia produtiva.

“Temos uma base média de cálculo, considerando o que está previsto para ser instalado”, diz Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica. “Considerando que devemos instalar cerca de 5 GWs em 2022, podemos estimar um investimento de mais de R$ 30 bilhões”.

De acordo com a executiva, o setor está otimista, não apenas pelos contratos já assinados, cujos parques estão em construção ou entrarão em operação no próximo ano, “mas, também, porque o mercado livre tem mostrado grande crescimento, com grandes empresas fechando contratos diretos com os geradores”.

Temos 751 parques eólicos

Hoje, o Brasil conta com 751 parques eólicos e quase 9 mil aerogeradores em operação. Outros 1 mil – produzidos em seis fábricas instaladas em diferentes estados brasileiros – devem ser instalados em 2022.

eolico
Uma das vantagens dessa fonte de energia é poder ser aplicada também nos mares.

Elbia destaca que o setor eólico tem atraído muitos investimentos, o que tem proporcionado o desenvolvimento de uma promissora cadeia produtiva.

“De 2013 a 2016 houve uma política forte de nacionalização e hoje 80% das nossas turbinas são fabricadas no Brasil. Nossa indústria é altamente profissionalizada, consolidada e está pronta para os próximos 10 anos”.

Segundo os dados da Abeeólica, a capacidade instalada saltará dos atuais 20 GW de capacidade instalada para 32 GW até 2026, considerando os contratos já assinados.

“Estes são números, que devem ser comemorados, podem ser ainda maiores, porque não captam completamente o bom desempenho do mercado livre, que vai se somando a esses valores conforme os novos contratos vão sendo fechados”, explica Elbia. “E temos que lembrar que, no caso das eólicas, de 2018 a 2020 o ACL [mercado livre] foi responsável por uma maior contratação que o ACR [mercado regulado, com preços determinados pela Aneel]”.

Conclusão

O alto investimento para os próximos anos é uma oportunidade não só para reduzir o impacto ambiental através da produção de uma energia limpa, como uma possibilidade de desenvolvimento e geração de empregos para o mercado interno nos mais variados setores da engenharia. Ainda é cedo para dizer se em breve já teremos a energia eólica como uma das principais fontes do país, contudo, o alto potencial de crescimento que essa fonte oferece aliado aos investimentos que estão sendo feitos nos fazem acreditar que sim, mas ainda é preciso esperar um pouco mais para saber enquanto isso você pode aprender mais sobre o tema lendo a matéria completa no site.

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Marcus Figueiredo

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