Amplificar as capacidades cognitivas e físicas dos trabalhadores, através de tecnologias emergentes tais como a realidade aumentada, já comprovou aumentar a produtividade na manufatura.
A indústria da manufatura, nos últimos anos, passou a depender bastante da utilização de robots nas linhas de produção e normalizou a automatização de processos que, por vezes, pertenciam a trabalhadores humanos. Porém, vários foram os casos em que acabou por ser comprovado que a desvalorização do ser humano e a automatização em excesso foi um erro, tal como é o exemplo da Tesla. O fundador da marca de automóveis, Elon Musk, admitiu abertamente nas redes sociais que os trabalhadores humanos não recebem o devido valor e que a automatização excessiva nas suas fábricas foi uma falha.
Isto acontece porque, no fundo, os seres humanos conseguem ser mais flexíveis, criativos e adaptáveis a situações inesperadas do que as máquinas ou robots. Quando as capacidades cognitivas e físicas dos operadores são progressivamente amplificadas, maiores são os resultados que estes conseguem atingir. Através da ajuda de tecnologias emergentes, tal como a realidade aumentada (RA) e a inteligência artificial (IA), os trabalhadores conseguem executar com maior facilidade as suas funções do dia-a-dia.
Ao utilizarem óculos de realidade aumentada, que projetam no momento quais as instruções a seguir para poderem executar as suas funções, os trabalhadores veem as suas dúvidas e incertezas a serem reduzidas e conseguem-se concentrar efetivamente no que se encontra à sua frente. Desta forma, o tempo gasto na produção também é reduzido porque o trabalhador não necessita de parar e consultar as instruções físicas sempre que surge uma dúvida. Na Porsche, a utilização de um sistema de realidade aumentada ajudou a reduzir em 40% o tempo necessário para resolver problemas.
Adicionalmente, em situações pontuais, os operadores conseguem ainda executar funções para as quais não estavam inteiramente preparados, pois têm sempre o apoio das instruções em realidade aumentada. Assim como, o treinamento de novos funcionários e o tempo que estes demoram até se tornarem especialistas na sua área é seriamente diminuído através desta tecnologia emergente. Tal foi verificado na Royo, através da solução da KIT-AR (kit-ar.com), a empresa conseguiu reduzir os custos de treinamento de novos trabalhadores.
Solução da KIT-AR
A solução da KIT-AR permite ainda que os trabalhadores tenham acesso a um processo de verificação automatizado que permite confirmar se as funções foram executadas corretamente e se existem erros. Caso surjam erros, o trabalhador recebe as informações necessárias para os corrigir, sem perder mais tempo adicional. No caso de estudo da Comau, que fez uso da solução da KIT-AR na linha de produção, o controle de qualidade automático permitiu verificar se um produto selante foi aplicado corretamente numa parte específica do processo de montagem de robots.
Desta forma, através da inteligência artificial e da realidade aumentada utilizadas para projetar o conjunto de instruções em 3D e para garantir controlo de qualidade, os operadores humanos conseguem melhorar continuamente as suas competências digitais e alcançar melhores resultados.
Ao serem constantemente guiados nas suas funções, também a sua qualidade de vida no trabalho melhora pois menos recorrentemente cometem erros e mais facilmente se habituam aos processos das suas funções. Consequentemente, a produtividade nas fábricas de manufatura aumenta, enquanto os erros e a perda de tempo são eficazmente combatidos.
Adotar tecnologias emergentes é então essencial para o futuro sucesso da indústria da manufatura, tanto a nível comercial, como a nível produtivo. Em vez de substituir as pessoas por máquinas menos criativas e adaptáveis, é necessário investir progressivamente nas habilidades dos operadores humanos para obter sucesso a longo-prazo. Com realidade aumentada, o futuro do trabalho irá atingir níveis extraordinários de inovação.
Conheça mais sobre a KIT-AR
Artigo elaborado pela Sofia Frias da KIT-AR
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