UToledo Health trata feridas crônicas com enxertos impressos em 3D

De acordo com a Universidade de Toledo, o UToledo Health está entre os primeiros sistemas de saúde nos EUA a tratar feridas crônicas usando enxertos impressos em 3D feitos a partir das próprias células de gordura do paciente.

“Esta tecnologia fará uma enorme diferença”, disse o Dr. Munier Nazzal, chefe do Serviço de Cirurgia Vascular, Endovascular e Tratamento de Feridas da UTMC. Diferentemente dos tratamentos tradicionais, o novo método combina bioimpressão e medicina regenerativa para produzir um enxerto personalizado que se adapta perfeitamente à ferida e acelera a cicatrização.

O processo começa com fotos da ferida, que são analisadas por meio de IA para gerar um modelo 3D. Os médicos então coletam uma pequena quantidade de gordura — normalmente do abdômen — que é processada em uma biotinta. Essa biotinta é carregada em uma impressora para criar um enxerto sob medida. “É quase como imprimir uma peça de quebra-cabeça”, disse Nazzal.

O enxerto não é pele — ele atua como uma estrutura biológica que estimula o corpo a se curar. “Não é mágica”, explicou Nazzal, “mas a cura é mais rápida do que vemos com nossos métodos tradicionais.”

A UToledo Health trata feridas crônicas com enxertos impressos em 3D, feitos a partir das próprias células de gordura do paciente, que estimulam o corpo a se curar.
Fonte:(https://www.voxelmatters.com)

A Universidade de Toledo relata que feridas crônicas afetam quase 10 milhões de americanos e estão comumente associadas a diabetes, doenças vasculares ou mobilidade limitada. Essas feridas podem levar a infecções, amputações e redução grave da qualidade de vida. Embora o tratamento ainda inclua cuidados convencionais — como desbridamento e curativos — o enxerto impresso em 3D aprimora o processo de cicatrização.

Um dos primeiros pacientes a se beneficiar foi Jeffrey Paul, que sofre de uma doença autoimune com formação de bolhas e tinha uma ferida persistente no tornozelo. “Cheguei ao ponto em que era só entrar, trocar o curativo… Nada realmente acontecia”, disse ele. Após se submeter ao novo procedimento em maio, “em duas semanas, Paul já notava uma diferença significativa”.

A UToledo Health adquiriu o dispositivo de impressão 3D — produzido pela Tides Medical — graças à doação de um dos ex-pacientes de Nazzal. A doação também possibilitou a compra de mais dois equipamentos de alta tecnologia para tratamento de feridas: um para detectar bactérias e outro para medir a saturação de oxigênio.

“É nossa responsabilidade nos mantermos atualizados com as tecnologias e os conhecimentos mais recentes para que possamos atender melhor nossos pacientes”, disse Nazzal. “Somos muito gratos pela confiança dos nossos doadores em nosso programa”. Para saber mais sobre o método acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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