Separação automática de plásticos
Uma nova tecnologia de visão artificial promete resolver um dos maiores empecilhos à reciclagem dos plásticos: A necessidade de separar os plásticos em seus diferentes tipos.
Como cada plástico tem características físico-químicas diferentes, os processos para sua reciclagem são tipicamente diferentes. Hoje, este é um trabalho estritamente manual, que, além de sujeito a erros, é caro e demorado, inviabilizando a instalação de grandes usinas, que dependem da automação para se tornar economicamente viáveis.
E o plástico deve ser pelo menos 96% puro por tipo de polímero para ser reciclado. Isso significa que o plástico deve ser separado para um produto quase puro em termos de composição química antes de ser reindustrializado.
Martin Henriksen e seus colegas da Universidade Aarhus, na Dinamarca, acabam de resolver este problema.
Eles criaram uma nova tecnologia de câmera que consegue ver a diferença entre 12 tipos diferentes de plásticos (PE, PP, PET, PS, PVC, PVDF, POM, PEEK, ABS, PMMA, PC e PA12). Juntos, eles constituem a grande maioria dos tipos de plásticos domésticos disponíveis para os recicladores.
Reciclagem em larga escala
Além de acelerar a produção – a visão de máquina trabalha na velocidade dos computadores – a tecnologia torna possível separar os plásticos com base em uma composição química mais pura do que é possível hoje, e isso abre oportunidades completamente novas para reciclar esses materiais.
“Com esta tecnologia, agora podemos ver a diferença entre todos os tipos de plásticos de consumo e vários plásticos de alto desempenho. Podemos até ver a diferença entre plásticos que consistem nos mesmos blocos químicos, mas que são estruturados de forma ligeiramente diferente.
“Usamos uma câmera hiperespectral na faixa do infravermelho e aprendizado de máquina para analisar e categorizar o tipo de plástico diretamente na esteira transportadora. O plástico pode então ser separado em diferentes tipos. É um avanço que terá um enorme impacto na separação de todos os plásticos,” disse o professor Mogens Hinge, coordenador da pesquisa.
A tecnologia já foi licenciada para a empresa Plastix, que pretende começar a usá-la ainda neste ano. Sem dúvidas a tecnologia ajudará bastante a otimizar o processo de reciclagem e a reutilização de materiais, para saber mais sobre ela e o processo acesse o site.
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