COM NOVA DIRETORIA, NARDINI INICIA PROJETO DE RECUPERAÇÃO

Em 2014, a Indústrias Nardini fabricou em média 200 máquinas por mês. No início de 2022, quando já acumulava muitas dívidas, inclusive trabalhistas que geraram até pedidos de intervenção na empresa, a produção havia caído para apenas 20 máquinas mensais. Em março passado, uma nova diretoria foi empossada, tendo como presidente Renato Franchi, que retorna à direção da empresa após sete anos.

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Fonte:(https://www.usinagem-brasil.com.br)

“Reassumimos as diretrizes da Nardini há pouco tempo, estamos lutando muito para resolver os problemas e temos, sim, pensamento positivo de que logo a realidade desta referência que é a Nardini será bem melhor”, diz Franchi, lembrando que no dia 20 de julho a empresa completou 114 anos de atividades. Trata-se de uma das indústrias mais antigas do Brasil.

O executivo conta que as dívidas trabalhistas estão sendo negociadas através da Justiça do Trabalho, que a grande maioria dos atuais 354 funcionários está aceitando os acordos propostos (98% dos participantes da primeira audiência aceitaram a proposta) e que a perspectiva é positiva. “Estamos colocando tudo em dia. Enfim, voltamos a trabalhar”, resume o executivo.

Um dos resultados é que a produção voltou a crescer. “Já aumentamos a produção para 50 máquinas/mês e a nossa meta é alcançar 100 máquinas/mês até setembro”, diz. Destas, 35 máquinas eram do tipo convencional. “Uma de nossas metas é reconquistar o mercado nacional de máquinas convencionais, que passou por uma verdadeira invasão de importados chineses. Com o dólar no atual patamar, voltamos a ficar competitivos”, comenta.

O faturamento, obviamente, também tem crescido. As 50 máquinas que serão produzidas este mês já estão todas praticamente vendidas. Para tanto, a Nardini conta com a participação da rede de 40 representantes em todo o País. “A rede de representantes está bem empenhada. Dependemos muito deles”, observa.

Modernizando a Nardini

Franchi informa que os planos de recuperação da Nardini envolvem também a renovação do parque fabril. “Hoje, dentro das condições limitadas que temos, já estamos reformando algumas máquinas, mas o objetivo é modernizar o parque fabril”, conta.

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Fonte:(https://www.usinagem-brasil.com.br)

Já estão em curso também o desenvolvimento de novos produtos. Um deles, em fase de teste de protótipo, deve ser lançado na próxima Expomafe, em 2023. O executivo prefere guardar as novidades para a feira, mas adianta que a nova máquina convencional vai incorporar várias novidades no que se refere à rotação, potência de motor e arranque de cavacos.

Também estão em desenvolvimento um torno CNC com guias lineares, para ampliar a tradicional linha Logic, além de um torno com barramento paralelo também equipado com guias lineares e um torno com barramento inclinado.

“Nossa meta é colocar tudo em dia e levar a Nardini novamente ao lugar que ela sempre mereceu”, diz, acrescentando que também os negócios com fundidos – que sempre foi um bom mercado para a empresa – também foram retomados. Para saber mais sobre a empresa e os seus novos desafios leia a matéria completa no site.

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Marcus Figueiredo

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