Incentivo da depreciação acelerada de máquinas será anunciado em breve, afirma presidente da Abimei

O governo deverá anunciar, antes das eleições em outubro, medidas para alavancar os investimentos produtivos no Brasil, de acordo com Paulo Castelo Branco, presidente executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei). A afirmação foi feita em palestra realizada durante open house da Tornos Brasil – o mais novo membro da associação – realizada em Campinas (SP), no dia 21 de julho.

O governo deverá anunciar o incentivo da depreciação acelerada de máquinas e equipamentos, que já havia sido divulgado pelo ministro da Economia Paulo Guedes no Painel Telebrasil 2022, realizado no final de junho, como objeto de estudo a ser aprofundado. “Estamos analisando fazer a depreciação acelerada de 100%”, declarou o ministro. “Se você trouxe máquina, equipamento, 100% é dedutível antes de você tributar”, complementou.

maquinas
Isso permitiria a modernização do setor.

De acordo com Castelo Branco, a depreciação acelerada permitirá a depreciação de 100% no mesmo ano. Hoje, pelas regras brasileiras, normalmente a depreciação da máquina ou equipamento é feita ao longo de 20 anos, que seria o tempo de vida útil do bem. “Há outras possibilidades como a depreciação em dez anos e em cinco anos”, explica o executivo da Abimei, frisando que, para a depreciação ser feita em cinco anos, há uma série de requisitos que precisam ser comprovados, como o trabalho em três turnos de produção.

“Se a depreciação for feita em cinco anos, há a dedução de 20% ao ano do valor da máquina na base de cálculo do imposto de renda”, explica. Se a depreciação for feita ao longo de 20 anos, para se deduzir o valor do investimento na base de cálculo do imposto de renda demorará duas décadas.

Na medida a ser anunciada, a depreciação poderá ser feita em um ano. O total do investimento em máquinas e equipamentos poderá ser abatido da base de cálculo do imposto de renda no mesmo ano. “Se uma empresa comprou uma máquina por 100 poderá abater 100 da base de cálculo do imposto de renda”, frisa Castelo Branco.

No modelo de depreciação acelerada, o valor do investimento em máquinas e equipamentos poderá ser deduzido também da base de calculo da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). A medida é uma alternativa para recuperar o setor industrial, bastante afetado pelo cenário econômico nos últimos meses, para saber mais sobre ela acesse o site.

Para continuar por dentro das principais novidades do mundo da indústria acesse o nosso site.

categoria(s):

Marcus Figueiredo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima