Cinquenta e oito porcento das indústrias e companhias, que planejam ingressar no Metaverso, já realizaram ao menos um programa piloto. Apenas 2% dos entrevistados consideram a palavra “Metaverso” uma buzzword, de acordo com a pesquisa “The metaverse at work”, realizada pela Nokia em parceria com a consultoria Ernst & Young com 860 líderes empresariais do Brasil, EUA, Alemanha, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, divididos em quatro setores principais: automotivo; bens industriais e manufatura; transporte, suprimentos e cadeia logística; energia e utilities, em março deste ano. Também foram realizadas 22 entrevistas com especialistas em áreas temáticas e líderes dos quatro setores industriais listados, além de entrevistas com líderes em segurança pública e defesa.
O Metaverso permite que as empresas aproveitem seus esforços de digitalização existentes para obter maior eficiência, sustentabilidade e melhorias de segurança em seus negócios. No setor empresarial a implantação do Metaverso é impulsionado pela demanda para melhorar a colaboração digital e as ferramentas de comunicação, envolvendo os atributos de produtividade. Já no setor industrial o Metaverso é usado para promover a fusão físico-digital, que aumenta a capacidade dos colaboradores, incluindo representações digitais de indústrias físicas, ambientes, sistemas, processos e espaços que os profissionais podem controlar, monitorar e interagir.
Entre os entrevistados brasileiros 63% já realizaram ao menos um programa piloto ou implantaram um caso de uso. Isso coloca o país na terceira colocação entre os que já realizaram ao menos um programa piloto ou ao menos um caso de uso, atrás apenas dos Estados Unidos com 65% e Reino Unido com 64%. Já a média dos outros três países: Alemanha, Japão e Coreia do Sul é de 50%.
80% dos entrevistados, que já implementaram um projeto piloto ou um caso de uso, acreditam que o Metaverso terá um poder transformador em seus negócios. Entre aqueles que já utilizam o Metaverso as reduções de Capex chegaram a 15% e de Opex 6%. Para 42% de entrevistados menos experientes, que têm interesse em usar o Metaverso, mas ainda não chegaram à fase piloto ou de implantação, o Metaverso não é um conceito exagerado e 94% deste público planejam implantar um projeto piloto em até dois anos.
METAVERSO NO BRASIL
Entre as empresas brasileiras apenas 1% dos entrevistados consideram o Metaverso como uma buzzword e para 70% a capacidade de lançar novos modelos de negócios é o principal benefício. A percepção de risco legal para a adoção do Metaverso é menor entre as empresas brasileiras, apenas 20% dos entrevistados consideram haver algum risco contra 34% na média entre os outros países.
As empresas brasileiras também são as menos expostas a desafios orçamentários na implantação de casos de uso, apenas 15% enfrentam desafios orçamentários em comparação com 31% dos demais países. Os entrevistados brasileiros consideram a pesquisa e o desenvolvimento virtual, a otimização de instalações virtuais e o uso da robótica na operação, como os casos de uso com maior potencial de impacto.
DESAFIOS DE IMPLANTAÇÃO
A inteligência artificial (IA) e o machine learning (ML) são considerados os facilitadores técnicos mais importantes pelos entrevistados do Brasil, para a implantação do Metaverso. Os parceiros mais importantes são de computação em nuvem, equipamentos industriais, IA e ML.
Todos os entrevistados, independente do país e do setor, avaliam que a implantação do Metaverso empresarial e industrial requer um extenso conjunto de conhecimentos técnicos, que muitos ainda não estão familiarizados. Entre as principais tecnologias citadas está a computação em nuvem, IA e a infraestrutura e conectividade de rede.
Outras dificuldades apontadas incluem as preocupações com segurança cibernética e privacidade de dados, além da dificuldade de encontrar pessoas com a experiência certa, comprovação do ROI para impulsionar a adoção internamente.
Segundo os entrevistados, é necessário começar estabelecendo os recursos necessários, mapear os requisitos para os possíveis casos de uso e concentrar-se nas lacunas de capacidade mais cruciais. É mais fácil começar com um piloto de caso de uso específico ou a implantação com uma prova de conceito para gerar adesão e aprendizado com os erros iniciais. E até considerar a adoção de outro termo como ‘ambiente virtualizado 3D’ ou ‘experiência imersiva’ em vez de ‘Metaverso’ para separar os casos de uso de quaisquer equívocos.
Outros fatores a serem considerados são: a avaliação de como os atuais parceiros podem apoiar na solução de problemas inesperados e no crescimento da operação, como um caso de uso implantado pode expandir para integrar mais funcionalidades e mais adiante, como vários casos de uso implantados podem ser integrados para criar uma abordagem de ponta a ponta.
“Os Metaversos industriais e empresariais estão aqui, este estudo mostra o claro interesse por tecnologias como realidade estendida e gêmeos digitais, visando atingir os objetivos de negócios. Já estamos vendo muitas organizações indo além dos estágios de planejamento e reconhecendo benefícios tangíveis das implementações iniciais”, afirma Vincent Douin, diretor executivo de Consultoria e Transformação de Negócios da Ernst & Young LLP.
“É ótimo ver que as empresas acreditam claramente no poder do Metaverso para a geração de valor de negócios em casos de uso empresarial e industrial. Isso está fortemente alinhado com nossa visão, construída durante os mais de 8 anos de pesquisa do Nokia Bell Labs, de que o Metaverso industrial é uma extensão da Indústria 4.0. Consequentemente, aqueles que já implementaram redes de comunicação de missão crítica para a Indústria 4.0 agora estão bem posicionados para experimentar os benefícios do Metaverso que algumas empresas já estão vendo”, diz Thierry E. Klein, presidente da Bell Labs Solutions Research, Nokia. Para saber mais sobre a pesquisa acesse o site.
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