Substitutos do papel e cada vez mais melhores amigos dos engenheiros, os softwares de desenho se tornaram uma realidade na indústria atual, não só pela sua praticidade como, também, por permitir uma melhor visualização das peças produzidas. Apesar da sua grande popularidade muitas pessoas ainda tem dúvida sobre: O que é software CAD?
O que significa a sigla?
A sigla CAD é a abreviatura de um termo que vem do inglês “Computer Aided Design” e significa “desenho assistido por computador”. Na prática isso quer dizer que ao invés de utilizar aquelas velhas pranchas de papel, esquadros e grafites, os desenhistas agora utilizam de softwares de desenho para auxiliarem no desenvolvimento de seus projetos.
A evolução dos softwares
Hoje esses programas não se limitam mais apenas à realização de desenhos em 2D e 3D. Eles já são capazes de realizar simulações estruturais, térmicas, especificar materiais, entre outras funções que facilitam bastante a vida dos projetistas atualmente.
Mas, nem sempre foi assim. A tecnologia passou por uma longa evolução para poder desempenhar todas as funções que possui hoje.
Tudo começou em 1861 quando um químico francês, Alphonse Louis Potevin (1819-1882) descobriu que utilizando um elemento químico presente nas gomas de mascar e a luz solar era possível reproduzir os desenhos dos arquitetos, resultando em cópias idênticas às originais.
O processo se assemelhava às fotocópias que conhecemos hoje, mas foi uma grande evolução para a época. No entanto, foi a partir da consolidação da máquina de Turing na década de 1950 que o CAD começou a ganhar forma.
Em uma época em que ainda não existiam computadores para uso doméstico, a iniciativa de desenvolver softwares que auxiliassem os arquitetos e engenheiros partiu das indústrias. Empresas como General Motoros, Renault e Boeing tiveram um papel fundamental nesse processo.
Além das empresas, dois importantes nomes nesse processo foram os dos cientistas da computação Douglas Taylor Ross (1929-2007), que devido à sua grande participação no projeto foi homenageado com a criação da sigla CAD.
E, o Dr. Patrick J. Hanratty, que ajudou a programar o DAC – Design Automated by Computer. Em 1971 Patrick apresentou um software que serviu de base para os futuros softwares CAD’s chamado ADAM – Automated Draftting and Machinery. Atualmente, o ADAM está presente na programação da grande maioria dos softwares de CAD disponíveis no mercado.
O boom na década de 80
Se os anos 1960 e 1970 serviram de base para a construção dos softwares, foi nos anos 1980 que eles começaram a ganhar um lugar no mercado. Através da Autodesk, criadora do famoso Autocad.
O software desenvolvido em sua primeira versão, em 1982, tinha um desempenho pouco satisfatório, especialmente, se comparado ao de hoje, sendo difícil desenhar e projetar.
No entanto, tal dificuldade não impediu o sucesso do software. Após mudanças realizadas, e graças ao desenvolvimento do MS-DOS, o software passou a ter uma melhor performance, sendo possível já na versão de 1986 desenhar em 3D.
Chegou para ficar
Com o surgimento da manufatura aditiva nos anos 1990 o CAD se consolidou de vez. A possibilidade de projetar peças complexas e imprimi-las com manufatura aditiva fez com que essa combinação, rapidamente, ganhasse espaço nos centros de desenvolvimento de produto pelo mundo.
A facilidade de acesso e a crescente popularização dos computadores domésticos fez com que os softwares de CAD se tornassem cada vez mais comuns. Hoje, na era da tecnologia, com o desenvolvimento da indústria 4.0 esses programas se tornaram comuns nas indústrias, substituindo de vez os desenhos em papel.
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