Segmento paulista de máquinas e equipamentos concentra mais de 50% do valor da transformação industrial nacional

Estudo da Fundação Seade mostra que o setor de máquinas e equipamentos paulista, em 2020, respondeu por 51,7% do Valor da Transformação Industrial (VTI) nacional e 46% do emprego do setor no país. O VTI corresponde à diferença entre o valor bruto da produção industrial (VBPI) e o custo com as operações industriais (COI).

O VBPI é a soma das vendas de produtos e serviços industriais, variação dos estoques dos produtos acabados e em elaboração, e produção própria realizada para o ativo imobilizado. O COI está ligado diretamente aos custos da produção industrial, ou seja, é o resultado da soma do consumo de matérias-primas, materiais auxiliares e componentes, da compra de energia elétrica, do consumo de combustíveis e peças e acessórios; e dos serviços industriais e de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos ligados à produção prestados por terceiros.

O trabalho revela ainda os principais resultados alcançados no setor nos últimos anos, especialmente em relação ao VTI, empregos, balança comercial e inovação tecnológica.

No estado, a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) liderou a participação do VTI do setor de máquinas e equipamentos até 2013, respondendo por 35,1%. A partir de 2014, a Região Administrativa de Campinas passou à frente, mantendo-se nessa posição até 2020, quando alcançou 39,3% do VTI total do setor no estado de São Paulo.

Os subsetores “tratores, máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária” e “máquinas de uso na extração mineral e construção” do estado de São Paulo ampliaram suas participações no VTI nacional, passando de 36,2% e 56,1%, em 2010, para 42,3% e de 65,4%, em 2020, respectivamente.

maquinas
Ao longo desse período o setor de inovação teve um importante papel.

Com relação à balança comercial, os Estados Unidos mantiveram a liderança nas exportações paulistas com a ampliação de sua participação de 17,7%, registrada em 2011, para 29,4%, em 2021. Já as compras de origem chinesa passaram a liderar a pauta de importações, respondendo, em 2021, por 19,8%, contra 12,6%, em 2011, do total estadual.

De acordo com a Pesquisa de Inovação – Pintec/IBGE, entre 2008 e 2017, as atividades internas de P&D ganharam relevância na composição dos gastos inovativos do setor de máquinas e equipamentos: aumentaram de 15,6% para 40,2%, em contraposição à aquisição de tecnologia por meio de compra de equipamentos, que registrou queda de 66,5% para 27,5% no período.

Já a taxa global de inovação do setor no Estado de São Paulo diminuiu de 41,8% (2006-2008) para 26,4% (2015-2017), ficando abaixo da taxa de inovação global média da indústria de transformação, que alcançou 31,3% (2015-2017). No que diz respeito à taxa de inovação de produto para o mercado mundial, o estado de São Paulo se destacou ao passar de 2,1% (2006-2008) para 6,7% (2015-2017). No agregado dos demais estados, a alta foi menor, de 0,6% para 1,6% na mesma base de comparação. Para saber mais sobre o desempenho do segmento acesse o nosso site.

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Marcus Figueiredo

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