Streaming de energia solar

A crise energética foi um tema relevante nas conversas do governo brasileiro nos últimos anos. Sabemos que os mais recentes incentivos para produção de energia solar fizeram muita diferença e praticamente nos salvaram de uma situação ainda pior – tanto é que a perspectiva da bandeira verde na conta de luz do consumidor, muito por conta do excedente de energia solar produzida, é prevista para até o final do primeiro trimestre de 2023. Mas você sabe como funciona a geração distribuída de energia solar?

Estamos falando não apenas de energia produzida por placas solares instaladas sobre os telhados das nossas casas – modalidade on grid, ligada à rede de distribuição geral -, mas também daquela produzida em escala industrial, nas grandes fazendas solares. Precisamos saber disso, pois é uma das grandes apostas para o futuro, por uma energia limpa e renovável. Algo vantajoso, pois traz grande retorno para o país, pagando bons dividendos, e sem que as pessoas precisem ter espaço livre – e boa incidência de raios solares – do seu terreno para isso. Fora a preocupação com o custo dos equipamentos e relação com distribuidora de energia.

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Além dos painéis residenciais existem usinas solares que são uma alternativa para o consumidor comum.

Os serviços de streaming de energia solar

Imagina se você mora em apartamento? Pode aproveitar a energia solar? Sim! Por exemplo, contratando um serviço de modelo de assinatura de geração compartilhada, como um serviço de streaming de energia. Eis as opções:

Modelo 1

Nesse caso, você precisaria pagar uma mensalidade para uma empresa responsável por fazendas solares montadas em terrenos de baixo custo pela geração de energia solar em troca de créditos na conta de luz – equivalentes ao seu consumo mensal. Então sua conta de luz chegará normalmente todo mês, já com a informação dos créditos a serem abatidos. A perspectiva é uma economia de até 20% na conta, sem qualquer investimento inicial de grande porte ou mudanças técnicas no imóvel.

Modelo 2

Tem um modelo dois também, que seria pagar uma mensalidade para a utilização de um equipamento de geração de energia. Nesse caso, você precisaria reservar um espaço do seu imóvel para instalar os painéis solares. Mas em vez de comprá-los, apenas pagaria uma assinatura para alugá-los de uma empresa, sem precisar esperar aquele tempo de retorno de investimento. E a perspectiva é uma redução de até 30% da conta.

Observação 1: na maioria dos casos, não há taxa de adesão e toda a contratação do serviço.

Observação 2: a tarifa da empresa sobre a da distribuidora de energia pode também estar sujeita às bandeiras tarifárias e eventuais mudanças tributárias. Porém, o comum é a oferta de uma tarifa fixa, que não aumenta com a aplicação de bandeiras tarifárias mais altas na tarifa normal, mas também não diminui se houver, por exemplo, uma redução nos tributos.

Observação 3: a assinatura de placas solares deve incluir instalação, manutenção, monitoramento 24 horas e limpeza uma ou duas vezes por ano.

A disponibilidade dos serviços no Brasil

Precisamos destacar que esses dois modelos fazem parte de uma modalidade de geração compartilhada que, hoje, faz muita diferença para geração de energia em nosso país. A saber, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), cerca de 20% da geração de energia solar no Brasil é remota, sendo o restante correspondente ao mercado de instalação de placas solares em imóveis – algo que também é bastante válido. Acontece que a geração remota, já disponível em nosso território desde 2016 – ainda só representa 5% a 6% do mercado.

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Apesar do potencial o mercado ainda é pouco explorado.

É importante destacar que, optando por qualquer um dos modelos, alguns encargos precisarão ser pagos. Mas a proposta ainda vale a pena. Isso porque a soma do que se paga à concessionária e do valor da assinatura será inferior ao que se paga hoje na conta de luz, desde que o consumo atual do cliente seja superior ao valor mínimo. Contudo, sua residência a geradora precisam estar na mesma área de concessão. E tem várias usinas por aí que ainda não conseguem atender tantos interessados pelo sistema. Por exemplo, no sul do país, ainda vemos o predomínio de outras fontes renováveis, como o biogás.

Por outro lado, a prova de que a produção de eletricidade por sistemas de energia solar é o futuro é que empresas como a Ultragaz, que tanto conhecemos pela venda de gás de cozinha (GLP), está investindo nessas assinaturas de energia. Minas Gerais é o principal mercado para geração compartilhada no país hoje, assim como para todas as modalidades de geração solar. Um dos motivos é justamente o fato de quase todo o estado ser atendido pela mesma concessionária.

A “taxação do Sol” e os serviços de assinatura de energia solar

Os serviços de assinatura de energia solar seguem as mesmas regras que a compra de placas solares no que diz respeito à “taxação do Sol“. Ou seja, não é que você ficará sem qualquer cobrança de luz. Será cobrada a rede de distribuição para quem faz geração distribuída de energia em sistemas on grid. Mas, por hora, pelo Marco Legal da Geração Distribuída, os projetos existentes até janeiro de 2023 continuarão isentos dessa cobrança até 2045. Para saber mais sobre geração distribuída acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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