Em meio a mudanças climáticas e escassez de recursos naturais, os governos e as empresas ao redor do mundo têm agido para adotar uma postura cada vez mais sustentável. Sendo assim, a palavra sustentabilidade tornou-se sinônimo de temas sociais, ambientais e econômicos, originando a sigla ESG (que em português significa governança socioambiental e corporativa). Trata-se de um parâmetro capaz de definir se as operações das empresas são socialmente responsáveis, sustentáveis e corretamente gerenciadas, consequentemente atingindo a excelência operacional, inclusiva e sustentável.
Em 2021, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou um estudo, com executivos de 500 médias e grandes empresas brasileiras, para avaliar suas visões e quais ações concretas adotaram em relação à sustentabilidade. Segundo o levantamento, práticas de gestão de resíduos e redução do consumo e desperdício de água e energia já são realizadas por nove a cada dez das empresas pesquisadas.
Já a pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) apontou, em 2021, que 95% das empresas brasileiras têm o tema de ESG como prioridade em suas agendas corporativas. Por meio dessa pesquisa, é possível concluir que as organizações que estão priorizando questões de sustentabilidade precisam saber que a excelência operacional estabelece uma cultura organizacional com o objetivo de alcançar a melhoria contínua de processos e resultados e, para isso, podem tornar a tecnologia uma grande aliada para cumprir seus objetivos sustentáveis.
O desafio de atender às questões de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, garantir a eficiência operacional, padronizando e controlando o cumprimento de normas a fim de evitar crises, acidentes e desperdícios, pode ser atingido por meio da aplicação de recursos tecnológicos – tais como Internet das Coisas (IoT), machine learning e inteligência artificial. Esse recursos permitem a automação dos processos e o monitoramento de todo o ambiente operacional.
Porém, muitas empresas praticam a inovação e criam iniciativas digitais dispersas que não contribuem para, efetivamente, transformar digitalmente o negócio e buscar eficiência operacional, reduzir custos e fornecer base para decisões estratégicas. Muitas vezes os custos aumentam porque é feita a aplicação de tecnologias que não “conversam” entre si, fazendo que a empresa tenha milhões de dados gerados e disponíveis, sem fazer uso destes dados no momento da tomada de decisão.
A maturidade digital para o uso de dados segue a jornada de condensar todas as informações numa única plataforma e, posteriormente, classificar, cruzar e relacionar estas informações. Consequentemente, elas se tornam mais qualitativas e passam a ficar disponíveis em painéis e relatórios, além de permitir o envio de alertas e comandos (automatizados) para que os gestores possam tomar decisão em tempo real baseada em dados – tanto de forma forma preditiva quanto de forma prescritiva.
A análise dos dados gerados pela área operacional de uma empresa é fundamental para buscar continuamente a mudança efetiva na preservação dos recursos naturais do planeta. Monitorar tais dados permite estar continuamente alerta para informações sobre consumo de recursos, bem como das emissões de carbono, por exemplo.
Por fim, utilizar tecnologia para análise de dados em tempo real é essencial não apenas para aumentar a eficiência da estratégia de sustentabilidade, mas principalmente para aperfeiçoar a eficiência operacional das empresas. Isso porque a análise permite acompanhar os indicadores chaves de desempenho e trazer melhorias consistentes na segurança, controle de riscos, uso dos recursos, controle de desperdícios, entre outros, impactando diretamente na redução dos custos operacionais e também nos indiretos – é o caso da questão de sustentabilidade versus a imagem da empresa no mercado.
*Por Vânia Rios, diretora de vendas da Viasat, INTELIE
Vânia Rios, diretora de vendas da Viasat
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