Receita da indústria de máquinas e equipamentos recua na passagem de março para abril

A indústria de máquinas e equipamentos obteve receita líquida total de R$ 22.126,96 milhões em abril, refletindo queda de 19,2% na comparação com o mês de março, de acordo com dados divulgados pela Abimaq, no dia 31 de maio.  Na mesma comparação, todos os outros indicadores apresentados pela entidade mostraram-se negativos: receita líquida interna (R$ 17.197,16 milhões, -17,7%); consumo aparente (R$ 27.747,35 milhões, -18,8%); exportações (US$ 982,08 milhões, -20,8%); importações (US$ 2.010,63 milhões, -16,9%); e emprego (390,371 mil pessoas, -0,7%).

“Houve queda generalizada nos investimentos”, Cristina Zanella, diz diretora de competitividade, economia e estatística da Abimaq, citando os juros altos e as dificuldades de obtenção de crédito como alguns fatores para o arrefecimento do mercado.

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Fonte:(https://ipesi.com.br)

Na comparação de abril de 2023 com o mesmo mês do ano anterior, a receita líquida total recuou 10,5%; a receita líquida interna caiu 14,7% e o consumo aparente teve declínio de 7,6%. Por outro lado, nessa mesma comparação, as exportações cresceram 9,6% e as importações aumentaram 12,1%.

ACUMULADO DO ANO

No acumulado de janeiro a abril, a receita líquida total somou R$ 91.712,42 milhões, refletindo queda de 6,5% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2022. A receita líquida interna de R$ 69.404,95 milhões reflete queda de 11,9% na mesma comparação. Já o consumo aparente de R$ 115.403,84 milhões é 8,2% inferior.

As exportações seguem com dados bastante positivos no primeiro quadrimestre, apesar da queda em abril. No período de janeiro a abril, as exportações somaram US$ 4.314,65 milhões, com crescimento de 23,4%. As vendas externas do setor fabricante de máquinas para logística e construção civil, que representa 31% total exportado de setor, registraram crescimento de 30,7% sobre o resultado de 2022.

Outro segmento com resultado importante foi o fabricante equipamentos para extração de petróleo que registrou crescimento de 177,6%, passando a representar 10,7% do total das exportações de máquinas e equipamentos.

No primeiro quadrimestre, houve aumento das exportações para todas as regiões. O aumento para países da América do Norte e do Sul continua como o destaque, com crescimentos de 24,5% e 24,8%, respectivamente. A maior parte das exportações foi direcionada para a América do Sul que absorveu 35,9% do total de máquinas e equipamentos exportados. A América do Norte consumiu no período 33,4% das exportações e a Europa 14%.

As importações somaram US$ 8.436,00 milhões de janeiro a abril, com crescimento de 9,1%. No período, houve retração apenas nas importações de máquinas para infraestrutura e indústria de base (-19,9%).  Houve crescimento nas importações de máquinas para a indústria de transformação, para logística e construção, fabricação de bens de consumo, para agricultura e para petróleo.

As importações de componentes, bens utilizados em reposição de peças e também na fabricação de bens capital, que representam quase um terço das importações de máquinas e equipamentos do Brasil, registraram relativa estabilidade (+0,8%).

NUCI

O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou recuo de 3,5% no mês de abril, atingindo 75,2% em 2023. Em relação ao abril de 2022 o Nuci encolheu 2,3%. O nível observado é o mais baixo desde o mês de fevereiro de 2021 (75,3%).

A carteira de pedidos no mês abril de 2023 cresceu 4,7% para 10,9 semanas de atividade, mas se mostrou 5,7% abaixo do resultado de abril 2022. Também ficou abaixo da carteira média de 2022, que equivalia no período a 11,4 semanas de atividades.  Para saber mais sobre o desempenho do setor acesse o site.

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Marcus Figueiredo

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